quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Comentário ao Vídeo "BOLSONARO VAI PERDER COM CERTEZA" (02OUT2018)

Comentário ao vídeo "BOLSONARO VAI PERDER COM CERTEZA" de Samuel Borelli

https://www.youtube.com/watch?v=m8PSKBGvIb8


   Olá, Samuel. Já cheguei numa idade em que acho bonito ver um rapazinho como você olhando em volta, tentando entender o mundo, com toda a pressa e a paixão da juventude. Vejo você falar em seus vídeos, sua convicção, sua barba, seu topete, e tenho vontade de rir... Não o riso do deboche, de forma alguma, mas o riso comovido de ver a vida teimando em se renovar, se fazendo jovem e idealista de novo. O riso que talvez você mesmo tenha experimentado no coração quando vê um bebê agindo como um bebê. Um riso que vem de reconhecer a humanidade que há em si, em outrem. Que a vida te poupe o suficiente para você conservar esta chama por longos anos!

    Amigo, nesta reta final da campanha seria salutar conclamar a união de todo o campo progressista: Ciro não só é o melhor candidato ( na sua e na minha humilde opinião ) como é, de muito longe, a aposta mais certa para vencer Bolsonaro. Todas as pesquisas, com pequenas variações, avanços e recuos, mostram e confirmam disputa acirrada de Haddad e Bolsonaro no segundo turno; O anti-petismo ( considere-o justo ou não ) tomou conta de metade do país, e será alimentado com ataques, acusações e delações por todo o caminho ( a delação de Palocci é capa dos jornais de hoje, a 5 dias da eleição ). Mesmo se, por obra da rejeição a Bolsonaro, Haddad conseguisse vencer, não teríamos uma pacificação: metade do Brasil continuaria, indignada, a sabotar a outra metade, e nos atolaríamos na ingovernabilidade e incerteza. Mais escândalos, mais manifestações, mais panelas, mais patos amarelos, até termos o quê? Um novo impeachment? Violência nas ruas? Acredito que algum tipo de ruptura haveria...
   Haddad me parece ser bem-intencionado, mas ele não tem se saído bem nos debates e, na reeleição para a prefeitura de São Paulo, não conseguiu nem levar o pleito para o segundo turno. Como a Dilma, sua candidatura não foi resultado de um preparo cuidadoso e de amadurecido planejamento, mas uma substituição feita de improviso para tapar um buraco. O Brasil é gigantesco e complexo, e passa por angustiante colapso econômico, cultural, social, ético e político. A queima do Museu Nacional é dolorosamente simbólica deste momento, e creio que assim será lembrada pelos que, do futuro, olharem para trás para analisar nosso tempo: somos um povo em profunda crise existencial;
   A tarefa pela frente é hercúlea e será permeada por tropeços mesmo para um preparado estadista; seria quase suicida apostar em alguém inexperiente ( e essa crítica vale tanto para Haddad quanto para Bolsonaro ). Quem hoje vota em Alckmin, Alvaro Dias, Amoêdo ou Meirelles não vota em Haddad de jeito nenhum, porém alguns votariam em Ciro, especialmente contra Bolsonaro. Num segundo turno, a diferença em experiência, preparo e oratória tende a aumentar ainda mais a vantagem de nosso candidato.
   Quem não é radical, quem não idolatra nenhum político e é do campo progressista ou moderado, deveria pensar muito seriamente na possibilidade de ajudar a levar Ciro para o segundo turno. Que Deus nos ajude a conduzir nosso Brasil por bons caminhos!

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